O presente projeto tem como objetivo geral analisar as concepções de tecnologia que perpassam os produtos da marca Nova Escola, em suas influências na fabricação e disseminação de modelos de práticas pedagógicas, à luz da Teoria Crítica da Sociedade. A revista Nova Escola foi criada em 1986 com o propósito de ?fortalecer o educador para transformar o Brasil?. Publicada pela Editora Abril, sua versão impressa foi distribuída ao longo de muitos anos de forma gratuita às escolas públicas brasileiras, devido ao financiamento do Ministério da Educação (MEC). Alguns pesquisadores se debruçaram sobre suas publicações e identificaram o poder de influência que ao longo das décadas a marca Nova Escola, mantida pela Fundação Victor Civita, exerceu na educação brasileira, ao apresentar seus produtos como capazes de apoiar, valorizar, formar e atualizar o professor. Em 2015, a distribuição da versão impressa foi finalizada e as publicações transferidas para a Fundação Lemann, que passou a ser a mantenedora da Associação Nova Escola. A marca investiu na Plataforma Digital e continua oferecendo diversos produtos online, mantendo-se como uma fonte de pesquisa para os professores e gestores brasileiros e atingindo milhares de usuários atualmente via o sítio , o que justifica outros estudos sobre seus produtos e concepções propagadas. Sendo assim, por meio de uma pesquisa documental e bibliográfica, analisaremos as concepções de tecnologia que perpassam os produtos oferecidos pela marca Nova Escola, retomando o mapeamento das publicações impressas realizado em pesquisas anteriores (RIPA, 2010) e avançando para a análise dos produtos disponibilizados na Plataforma Digital. Para a análise dos dados, buscaremos na Teoria Crítica da Sociedade a fundamentação teórica, de forma a atualizar as discussões sobre a problemática do avanço tecnológico na sociedade administrada e seus impactos na [semi]formação dos indivíduos.